O transporte de material biológico é uma parte bastante sensível na área da saúde. Na verdade, toda área da saúde exige precauções, profissionalismo e práticas adequadas. Mas no momento do transporte, os riscos acabam sendo maiores.
Por isso, boas práticas são mais do que necessárias. Então, hoje você vai ver 5 dessas boas práticas que são essenciais para um transporte de material biológico seguro, tanto para a preservação do material quanto para a segurança dos profissionais envolvidos e da comunidade local.
1 – Rotular e etiquetar as embalagens de forma adequada no transporte de material biológico
Salvo algumas exceções, no geral, você deverá classificar um material biológico na categoria B. Na categoria B são incluídas as amostras para diagnóstico clínico que possam conter agentes infecciosos causadores de doenças em humanos, como amostras de pacientes com suspeita de estarem infectados com microrganismos patogênicos ou amostras conhecidamente positivas/reativas.
Nesse caso, o material biológico deve receber a marcação UN 3373. A marca UN 3373 deve ser exibida na superfície da embalagem externa, sobre um fundo de cor contrastante e poder ser facilmente visualizado. A marca deve estar sob a forma de um quadrado fixado a um ângulo de 45° (em forma de losango), tendo cada um dos lados pelo menos 50 mm de comprimento; a largura da linha deve ser de pelo menos 2 mm e as letras e números devem ter pelo menos 6 mm de altura.
2 – Utilize o sistema de embalagens tripla para o transporte de material biológico
O acondicionamento adequado do material biológico é fundamental para evitar acidentes e manter a sua integridade até o final do trajeto. No geral, o empacotamento do material biológico é feito em três níveis de embalagem:
• Embalagem primária: recipiente rotulado, resistente, rosqueável e à prova de vazamento. Aqui você irá inserir o produto.
• Embalagem secundária: neste compartimento será acondicionado o recipiente primário. Deve também ser estanque e à prova de vazamento. Recomenda-se preenchê-lo com material absorvente.
• Embalagem externa: aqui você deve inserir o recipiente secundário. Deve ser resistente e proteger o material biológico da exposição à água e danos físicos durante o transporte, por exemplo.
Este sistema de embalagem é recomendado sempre que houver a necessidade de transporte de material biológico, seja para curtas ou longas distâncias (incluindo transporte internacional).
3 – Tenha a documentação sempre em mãos
O material biológico deve ser rastreável. Ou seja, é necessário que a transportadora tenha em mãos qualquer documento fiscal que assegure a origem e o destino do material que está sendo transportado.
No transporte aéreo, que segue normas da ANAC, esse transporte necessita do CT-e para transporte doméstico ou do AWB para transporte internacional. Já para o transporte terrestre (normas da ANTT), por exemplo, os documentos devem conter informações como endereço completo do destinatario, nome e número do telefone de um responsável pelas informações técnicas do material biológico, informações que identifiquem o veículo ou modo de transporte a ser utilizado, a data da realização do transporte, entre outras informações.
4 – Um veículo preparados para realizar o transporte de material biológico é fundamental
A empresa responsável pelo transporte, portanto, deve possuir um veículo com condições adequadas de higiene e limpeza, além de mecanismo que assegure a integridade da embalagem do material biológico transportado. Um exemplo desse dispositivo é um controle rígido de temperatura que assegure a integridade do material.
5 – Os profissionais devem receber treinamentos periódicos e equipamentos de proteção individual adequados
É essencial que suas equipes sejam bem treinados e que tenham em mãos todos os equipamentos de segurança necessários. Isso porque você realizará um transporte mais seguro unindo conhecimento técnico e equipamentos de proteção individual. Isso garante tanto para a integridade do material biológico quanto a segurança dos próprios trabalhadores.
O treinamento é essencial, inclusive, no caso extremo em que seja necessário realizar um gerenciamento de crise (como em um vazamento, por exemplo). Uma equipe bem treinada e com conhecimento técnico elevado conseguirá agir de forma rápida e eficiente, a fim de minimizar ou até mesmo evitar qualquer tipo de danos à saúde individual e coletiva.
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